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" Espero-te "
Espero-te sempre. A relva está orvalhada,
esperam também as grandes árvores de orgulhosas copas.
Rígido estou e tremo também às vezes,
sozinho como a noite em calafrios.
O prado, se viesses, tornava-se corredor liso
e silêncio seria. Um grande silêncio.
Mas música ouviríamos, misteriosa,
cantariam nos lábios nossos corações
e lentos, corados, nos fundíríamos
em altar cheiroso ardendo
para o infinito.
Attila, József. Antologia da Poesia Húngara. Lisboa: Âncora Editores, 2002, p 183 (tradução de Ernesto Rodrigues).
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