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"O caminho"
disse que precisava fazer o caminho de novo
entrar no útero crescer lá dentro
que precisava rasgar a carne de novo
gemer a fome cuspir a raiva
de ter sido gerado não do jeito
que ele tinha sonhado mas do jeito
que o tinham feito
Vera Lúcia de Oliveira in "A poesia é um estado de transe", Portal Editora,
São Paulo, 2010, p 48.
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