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Nada em especial
salvo o que se repete,
um desfiado enredo na fragilidade da voz
e que passa ao longe
como estória fugindo de qualquer moralidade.
O que do braço se projecta é, em si mesmo,
uma mera questão de física,
um corpo, que, grave, procura a sua rota.
O que resta assemelha-se a uns olhos de menina
interrompendo o passo, ou a um cartaz
com a data rasurada na direcção contrária
e a bares que nunca fecham nos dias de trabalho.
Nem dentro, nem desterro.
E no meio de tudo - a literatura.
O poema de José Ángel Garcia Caballero publicado em Catálogos de Valverde 32, Septiembre 2010,
está aqui numa tradução minha.
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