11/06/12

Maria Keil ( 9/8/1914 - 10/6/2012)

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Eu e a Irene descíamos o estreito carreiro que ligava a porta do palacete ao portão que dava para a rua. Uma vez aí apercebemo-nos que nos tínhamos esquecido de, no interior, abrirmos esse mesmo portão. Eu volto lá dentro! Disse à Irene. Mas é então que aparece uma mulher franzina, ágil, sorridente: Vocês não conseguem sair? Não! É fácil, diz ela, e, num pequeno salto, toca com o pé no trinco do portão que imediatamente se abre. O rosto dela ilumina-se num sorriso agaitado. Diz-nos que tem de ir à farmácia e ultrapassa-nos. Eu e a Irene estávamos boquiabertos por termos sido superados pela agilidade de alguém muito mais velho do que nós. Ainda não se tinha afastado demasiado quando se volta para trás: ah, não contem a ninguém o truque! Foi deste modo que conheci a grande Maria Keil. Mais tarde descobriria a sua faceta mais importante, a sua grande entrega à arte...
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