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Este cuidado, ou melhor, este medir forças com a palavra recusando todo o tipo de estatismo sintáctico - que também pode ser encontrado na poesia da Carlos Vaz - faz-nos ver a escrita deste autor como um organismo que incessantemente se reformula e (re)enuncia nessa procura que a si própria se impõe: a de um persuasivo resplendor que, armadilhando o leitor num jogo de encantamento e sentidos vários, nunca cede na construção de novos paradigmas do dizer, que, contudo, jamais se afastam do real concreto nem de múltiplas inquietações de cariz existencial e histórico-social.
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Victor Oliveira Mateus
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Lisboa, 18 de Junho de 2009.
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