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"Lá no Água Grande"
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Lá no "Água Grande" a caminho da roça
negritas batem que batem co'a roupa na pedra.
Batem e cantam modinhas da terra.
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Cantam e riem em riso de mofa
histórias contadas, arrastadas pelo vento.
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Riem alto de rijo, com a roupa na pedra
e põem de branco a roupa lavada.
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As crianças brincam e a água canta.
Brincam na água felizes...
Velam no capim um negrito pequenino.
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E os gemidos cantados das negritas lá do rio
ficam mudos lá na hora do regresso...
Jazem quedos no regresso para a roça.
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Alda do Espírito Sanro In "É Nosso o Solo Sagrada da Terra", Ulmeiro, Lisboa, 1978.
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