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Anjos e demónios caminham nos nossos jardins e
batem-nos à porta.
O que fazer?
Lançar-lhes pedras como aos cães vadios ou
convidá-los à nossa mesa?
Ouvir as histórias que eles trazem nos dedos é
como entrar de costas num espelho e afogar-se
assim no desconhecido que se atravessa.
Lídia Martinez In "Cartas de Pedro e Inez - o mel do meu
consolo", Ulmeiro, Lisboa, 1994, p 40.
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