Luto por existir
num lugar
onde a luz nasce.
Procuro as fontes do dia,
florestas azuis,
um oásis que amanhece.
Estou num limbo
entre o nada
e uma incorruptível Primavera.
Aí colho as palavras
uma a uma,
leves e insubmissas
como a espuma.
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Maria João Fernandes In "Dias de Seda/Jours de Soie" (livro bilingue),
Prefácio de Robert Bréchon, Apresentação de Eugénio Lisboa, Pinturas
de Júlio Resende, Caixotim Edições, Porto, 2003, p 63.
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