26/02/10
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Para sobreviver, nunca precisei dos conhecimentos máximos;
tão pouco das horas que se misturavam com os meandros
com os altos e baixos da vida; com a infância que desejei ter vivido;
com a gente que me rodeou, ou que ajudei a que me rodeassem
naquela pontualidade extrema
que foi sempre um dos meus sagrados defeitos. A partir daí
fui de encontro à expressão que julguei coerente e sincera
tentando compreender as ajudas e os apoios
os sentimentos de aproximação e as rejeições
os dogmas e os círculos que se abriam e fechavam
conforme os desejos e os entendimentos.
Tudo isso procurei apreender. No melhor e no pior.
Com dificuldades maiores ou facilidades menores.
No entanto...
José Manuel Capêlo in "A Noite das Lendas", Aríon Publicações,
2000, p 26.
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