06/03/10

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"O inominado"


se eu não fizer
assim (como hei-de
dizer?) amor
sim amor contigo
muitas (meudeus!) vezes
com preguicinhas boas
tolices ao ouvido
revoadas de beijos
repentes dentes
olhares pestanejados com carinho
oh
nem terei nome
serei "o coiso" "esse aí" o "como
é que ele se chama?"
o que dorme singelo
o que ninguém ( ai ai) ama.

Alexandre O'Neill in "Entre a cortina e a vidraça", Editorial Estúdios Cor,
Lisboa, 1972, p 21.
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