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Poema 2. de "Venus Felix"
De tudo quanto cresce te baptizo,
e dos espinhos nasce o dia aceso.
Talvez de pés no chão os gamos, sabes,
invadam teu sentir folhas queimadas,
ou só no chão dos gamos corra a água,
de rastos contra o peito das colinas.
Por trás de cortinados, e de portas,
ó nua e debruçada sobre o verão.
Mário Cláudio in "Do Espelho de Vénus de Tiago Veiga", Arcádia, Lisboa, 2010, p 40.
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