" Praia, de madrugada "
Aos meus filhos e sobrinhos
Praia, de madrugada, coando luz
E Madragoa, barras de amor,
A Voz de América, sacos de haxixe,
No giro nocturno da baía...
Híbridas mulheres, carros de luxo,
Cães vadios, pedintes, noctívagos,
A brisa bole, em jeito de pipa, és tu,
A capa avulsa de um Paris Match...
Também parecida contigo a noite,
O que sobra de haver constelação,
Para que a insónia se apazigúe...
Outra musa, nem por isso igual a ti,
A nua, de nudez assaz desvalida,
De como vai em lua, a tua máscara...
Elísio, Filinto. Das Frutas Serenadas. Praia ( Cabo Verde ): Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro,
2007, p 75.
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