13/08/13



  "  O amor de minha vida  "

Eu, com certeza, gosto é de foder.
Até digo que sei o quanto amar
seja lá o que for tem seu lugar,
mas foder por foder é mais prazer.

Amo a só superfície que há na pele,
a visão de uma boca subjugada,
apascentar um cu, gozar em cada
posição que a libido me revele.

O pau, que é sempre alerta, um dia cansa;
e o que fervia o sangue na cabeça
esfria o cavernoso da lembrança.

Resta-me, então, foder aqui e agora.
Portanto, perdição, goze e me esqueça.
Eu sou o amor que pica e vai embora.


  Ramos, Luís Antonio Cajazeira. Mais que sempre. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, p 79.
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