Quem poderia reconhecer
depois de tão longa espera
a esteira viva de uma estrela
que se apagou num frémito obscuro
que ritmou as palavras esparsas?
Ei-la aqui viva e já morta
a estrela de um gesto de amor
que seria eu sem ti viva ou morta?
Eu quero guardá-la na minha boca
como a serpente guarda o veneno
para o gérmen que anuncia o mundo
Rosa, António Ramos. Numa folha, leve e livre. Póvoa de Santa Iria: Lua de Marfim Editora, 2013, p 25.
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