07/10/13


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   Decididamente este fim de semana foi momento de cinema. Havia muita coisa para ver e, quando se juntam sete pessoas, há sempre que fazer concessões. Isto para dizer que, por vontade minha, não teria visto o "Por detrás do candelabro" (Behind the candelabra, 2013) e não o teria visto porque não gosto da música de Liberace e o seu tipo de vedetismo sempre me irritou.
   Steven Soderbergh não faz parte dos meus realizadores preferidos, apesar de ter realizado dois dos meus filmes de cabeceira: "Sexo, mentiras e vídeo " (1989) e "Kafka" (1991), a partir daqui pouco do seu trabalho me tem motivado, contudo - devo confessar - estava desejoso de ver o desempenho de alguns actores em "Candelabro" e, nesse aspecto, valeu a pena!
   Soderbergh retrata no seu filme os últimos anos da grande vedeta que foi Liberace (16/5/1919 - 4/2/1987), papel desempenhado magistralmente por Michael Douglas, sobretudo dando ênfase à relação que o cantor manteve com um dos seus últimos amantes, Scott Thorson, interpretação a cargo de Matt Damon. Relação secreta, tumultuosa, com uma enorme diferença de idades e onde os dois eram de proveniência social bem distinta, mas que, apesar de tantos contras, durou ano após ano. E foi exactamente isto que fez com que me convencessem a ver o filme: como pegariam nos respectivos papéis um Michael Douglas e um Matt Damon que toda a vida vimos em heterossexualíssimos desempenhos? Fiquei estarrecido! Creio mesmo que é assim que se vêem os grandes actores. As recriações feitas por estes dois senhores são do melhor que tenho visto! Outro pormenor: Soderbergh vai buscar a retirada Debbie Reynolds para desempenhar o papel da desmemoriada mas astuta mãe de Liberace. O resto do elenco também é de luxo: Rob Lowe, Dan Aykroyd, Scott Bakula... Conclusão: se não tivesse visto o filme não teria perdido nada de especial, mas se não tivesse visto aqui as fabulosas interpretações de Douglas, Damon e Reynolds teria perdido MUITO. Como é que se consegue uma coisa sem a outra? Não se consegue!
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