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Seiscentos e cinquenta anos passados,
tudo pode mudar-se, se pensarmos
que Inês, mais do que Pedro, foi filtrada
por tanta gente, tantos corações
e tão ocultamente que o mito abre
fissuras nas estátuas do mosteiro,
Inês sempre doada e Pedro, que foi
príncipe e rei, com gestos obscuros
que somente o cronista testemunha
em datas e entrelinhas, cauteloso.
Nuno Dempster in " Pedro e Inês: Dolce Stil Nuovo ", Edições Sempre-Em-Pé, Águas Santas,
2011, p 25.
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