.
" O volume do vazio "
O nada anda sem força.
Há em seu fosso
tanta coisa.
Mesmo o abismo
raso, gasto
por uso impreciso.
O que fundo
é de fato
não acha mais azo
neste vocábulo nulo.
Se não se ouve,
um eco de sim
ausculta-se. Daí,
repetir não, NÃO
para afirmar o que é fim.
( Ah, palavras desafinadas
pela própria língua que as engasta!)
Edmar Guimarães in " Águas de Claudel ", Editora UFG, Goiás, 2011, p 52.
.