.
Coitado, quem me dará
novas de mim onde estou?,
pois dizeis que nam som lá,
e cá comigo nam vou.
Tod' este tempo, senhora,
sempre por vós preguntei,
mas que farei, que já agora
de vós nem de mim nam sei?
Olhe Vossa Mercê lá
se me tem, se me matou,
porqu' eu vos juro que cá
morto nem vivo nam vou.
Miranda, Sá de ( Canc.de Res., III, 154-5). Florilégio do Cancioneiro de Resende. Lisboa: Seara Nova, 1973, p 26 ( Selecção, prefácio e notas de Rodrigues Lapa ).
.