09/06/10

António Manuel Couto Viana (24/1/1923 - 8/6/2010)

. Na última visita, eu não quis subir para não o fatigar. Desceu ele, acompanhado pela Alice Fergo que o ajudava. Fiquei embaraçado com a delicadeza, coisa a que nos vamos desabituando já. Ficámos os três à conversa. Ainda me ri com uma estória que ele contou sobre o Junqueiro. Recitou de cor alguns poemas... e não apenas seus. Disse-lhe, quase a medo, que chegáramos a participar numa mesma Antologia. Ele lembrava-se. Ao fim da tarde eu e a Alice saímos prometendo voltar, coisa que andávamos a pensar fazer. O que já não vai ser possível. Mas ainda me recordo das palavras dela quando entrávamos no carro: -" eu não te digo que ele é extremamente culto... e um gentleman?".
Hoje, no lançamento do livro do Paulo Tavares, fiquei grato ao António Carlos Cortez, por ter dedicado a sua apresentação, não só ao Paulo, mas também ao Couto Viana. Outro gesto bonito - também!
.