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Os homens vinham soprar nos teus lábios a música das folhas
e acreditavam ter nos braços a árvore onde cresceram em silêncio
durante três estações. Eram esses lábios a tuba que anunciava
a primeira morte. As pernas confundindo-se com as raízes:
nenhum escutaria de novo o chilrear das crianças
a língua dos prados tão livres de declinações.
Dormiam e acordavam no teu sangue
o único jardim a que chamavam casa.
Catarina Nunes de Almeida in "A Metamorfose das Plantas dos Pés", Deriva Editores,
Porto, 2008, p 24.
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27/09/10
"Um corpo sem pegadas/ é o lugar perfeito/ para o abandono. "
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Assisto à montanha
e não me apetece mais nada,
nem que o palco se ilumine
nem que me traduzam o texto.
Um corpo sem pegadas
é o lugar perfeito
para o abandono.
Catarina Nunes de Almeida in "A Metamorfose das Plantas dos Pés", Deriva Editores,
Porto, 2008, p 41.
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Assisto à montanha
e não me apetece mais nada,
nem que o palco se ilumine
nem que me traduzam o texto.
Um corpo sem pegadas
é o lugar perfeito
para o abandono.
Catarina Nunes de Almeida in "A Metamorfose das Plantas dos Pés", Deriva Editores,
Porto, 2008, p 41.
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