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" A Estrela "
Há no céu uma estrela
De estranho clarão:
A gente só pode vê-la
Usando o coração.
Tem uma luz tranquila
Inundando a noite fria;
Para segui-la
Não é preciso bússola nem guia;
Nenhum saber obscuro
Ou lente de longo alcance, nada.
Um coração puro
Consegue vê-la à vista desarmada...
Cláudio Lima (Natal/2009), poema inédito.
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17/12/09
10/06/09
"meu mundo é do outro lado"

"marginal"
não sou poeta de dentro
vivo na periferia
onde aprendo ao relento
os sinais da poesia
sem outro mestre ou sebenta
outros meios auxiliares
que a alma nua e atenta
às evidências singulares
não vou às festas galantes
onde se bebe do fino
com papagaios falantes
num linguajar de cretino
(mas de cretino laureado
com imarcescíveis lauréis)
meu mundo é do outro lado
entre plebeus menestréis
marginal mas livre e limpo
de certas quedas na lama
com que se sobe ao olimpo
da torpe festa da fama
Cláudio Lima In "Itinerarium III", Opera Omnia Ed., Guimarães, 2006, p 40.
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oiço-te a respiração; é leve como a
de um pássaro em sono descuidado
os olhos, fechados, guardam a luz
perene, intensa, com que acendes
as auroras do mundo
o peito, num arfar ritmado de serenidade,
é o escrínio inviolado dos meus afectos
vigilantes
o umbigo assinala
um viveiro de pérolas cativas
a noite é longa na alvura do linho
onde repousas
nada é urgente ou repetido,
nenhum relógio tange os ponteiros agressivos
do dever
olho-te em silêncio e sou feliz
Cláudio Lima In " Maçã pra Dois", Ed. Tartaruga, Chaves, 2001, p 14.
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de um pássaro em sono descuidado
os olhos, fechados, guardam a luz
perene, intensa, com que acendes
as auroras do mundo
o peito, num arfar ritmado de serenidade,
é o escrínio inviolado dos meus afectos
vigilantes
o umbigo assinala
um viveiro de pérolas cativas
a noite é longa na alvura do linho
onde repousas
nada é urgente ou repetido,
nenhum relógio tange os ponteiros agressivos
do dever
olho-te em silêncio e sou feliz
Cláudio Lima In " Maçã pra Dois", Ed. Tartaruga, Chaves, 2001, p 14.
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