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"Protecção"
Quem mantém o lugar intocado
regressa sempre,
ainda que a estrada seja árdua
e a distância assustadora.
Não lhe faltam as colinas fulvas,
a sombra das árvores.
Multiplicam-se as searas.
Quem nasce do que vê
alimenta-se do seu próprio caminho.
Adquire alento na cinza
de cada um dos seus passos.
Nada espera das ideias que repetem a vida,
do seu passado e do seu futuro.
Só tem a protecção do desconhecido.
Joel Henriques in "A Claridade", Editora Casa do Sul,
s/c, 2008, p 58.
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31/03/10
30/03/10
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"Ignorância"
Ninguém sabe o nome das ruas
que conduzem à ventura.
Ninguém recorda o endereço
da sua felicidade.
Muitos percorrem as avenidas,
sempre vazios,
satisfeitos com os nomes
que as justificam.
Onde descobririam
a sua incandescência de estuário?
Onde, o seu desígnio?
Ao fundo destas ruas, não fica o eterno,
apenas o teu rosto e verbos transitivos.
Joel Henriques in "A Claridade", Editora Casa do Sul,
s/c., 2008, p 56.
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"Ignorância"
Ninguém sabe o nome das ruas
que conduzem à ventura.
Ninguém recorda o endereço
da sua felicidade.
Muitos percorrem as avenidas,
sempre vazios,
satisfeitos com os nomes
que as justificam.
Onde descobririam
a sua incandescência de estuário?
Onde, o seu desígnio?
Ao fundo destas ruas, não fica o eterno,
apenas o teu rosto e verbos transitivos.
Joel Henriques in "A Claridade", Editora Casa do Sul,
s/c., 2008, p 56.
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11/09/09
"Poema em Azul"
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As expectativas são azuis
como o horizonte depois de cada colina.
Têm cor intensa,
existe um dia na sua origem.
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Não são a compensação da noite,
quando nada mais é possível.
Partilham o fundo da provação,
a altura da vertigem.
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Dizem que estamos na penumbra,
ausentes de nós, privados de tudo;
mas, se a claridade não é verdadeira,
por que os nossos sonhos são azuis?
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Joel Henriques In "Revista de Poesia Saudade Nº 11", 2009, p 38.
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