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01/01/11

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" memória 2 "


devo-te o diálogo de todas as gerações
desde as pontas do silêncio às profundezas
da alma do mar. devo-te
saber de mim como a folha branca
sabe da palpitação do traço da palavra
do sangue.

e devo-te a demora com que espero
que a poesia adormeça.

Álamo Oliveira in " andanças de pedra e cal", BLU edições, s/c., 2010, p 35.
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Poema 2 de " três poemas (breves) do corvo"
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nada como pressentir a vida e a morte sem incómodo.
ali homens e coisas vivem desse pressentimento - apenas.
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quando chove há um búzio de abrigo para cada um
e quando há sol transforma-se na manta de repouso.
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o mar por sua vez manso ou bravo dá um ar
de descanso que até parece domingo.
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Álamo Oliveira in "andanças de pedra e cal", BLU edições, s/c., 2010, p 12.
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