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deixarei as luzes acesas
para que saibas o caminho
de regresso ao meu corpo,
não, não tragas a alma,
animal sempre volátil,
perfume fútil.
sacrifica antes uma onda
antes da noite,
um milagre para migrar
com outras aves daninhas,
vem, dá-me o fruto e a semente,
aquele lugar no corpo
onde a fonte cresce ao ar
e a nudez se faz mais pura.
João de Mancelos in "Línguas de Fogo", MinervaCoimbra,
Coimbra, 2001, p 50.
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07/02/10
"o teu nome entrelaçado/ nos meus dedos..."
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"prece do mareante à estrela aldebaran"
aldebaran, ilha de luz,
peixe voador à entrada da noite,
bendita sejas entre as aves incendiadas
e abençoado o naufrágio do teu lume.
como o sal foi feito para os lábios,
como o oceano teme a terra,
como um rio regressa à estrela,
é dentro de ti, aldebaran,
que eu atravesso o fim da noite.
e cego, cego de tanto mar,
eu, ulisses, adormeço,
uma gaivota morta em pleno voo,
o teu nome entrelaçado
nos meus dedos, aldebaran,
sonhando ilhas por dizer.
João de Mancelos in "Línguas de Fogo", MinervaCoimbra, Coimbra, 2001, p 28.
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"prece do mareante à estrela aldebaran"
aldebaran, ilha de luz,
peixe voador à entrada da noite,
bendita sejas entre as aves incendiadas
e abençoado o naufrágio do teu lume.
como o sal foi feito para os lábios,
como o oceano teme a terra,
como um rio regressa à estrela,
é dentro de ti, aldebaran,
que eu atravesso o fim da noite.
e cego, cego de tanto mar,
eu, ulisses, adormeço,
uma gaivota morta em pleno voo,
o teu nome entrelaçado
nos meus dedos, aldebaran,
sonhando ilhas por dizer.
João de Mancelos in "Línguas de Fogo", MinervaCoimbra, Coimbra, 2001, p 28.
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