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14/10/13


DIA 26  DE  OUTUBRO, PELAS 17H00, NA CASA DE CULTURA JAIME LOBO E SILVA, NA ERICEIRA.
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23/09/13

António Ramos Rosa ( 17/10/1924 - 23/9/2013)

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Partiu um dos últimos representantes da Geração de Ouro da poesia portuguesa. Este blogue tem um texto sobre Ramos Rosa que publiquei, há tempos, na Revista da Biblioteca Nacional do Brasil. Anexo a esse pequeno estudo encontrarão também duas conversas havidas entre mim e Ramos Rosa. Agora... o silêncio!!! e um forte abraço à família enlutada: à esposa (a poeta Agripina Costa Marques), à filha (a Maria Filipe) e à sobrinha (a Gisela Ramos Rosa). Não sei dizer mais nada!!!
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No EXPRESSO online:
 
O poeta e ensaista António Ramos Rosa, de 88 anos, morreu cerca das 14h de hoje, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, onde estava internado desde quinta-feira com uma pneumonia, disse ao Expresso uma sobrinha do escritor.
Gizela Ramos Rosa disse ainda que o tio já tinha sido internado recentemente, mas recuperara, regressando à residência Faria Mantero, um lar para artistas onde residia há vários anos.
Ramos Rosa tem uma "obra multifacetada, embora predomine a poesia. Foi um exímio tradutor e ensaista", disse ao Expresso o poeta Victor Oliveira Mateus.
Do seu círculo de amigos mais próximo - e da geração mais próxima da dele - fizeram parte os escritores "Vergílio Ferreira, Casimiro de Brito, João Rui de Sousa e Maria Teresa Horta", acrescenta Victor Oliveira Mateus.
Ramos Rosa, também "apoiou alguns nomes das gerações seguintes com quem manteve relações de proximidade. Foi o caso de António Carlos Cortez, Maria Teresa Dias Furtado e eu próprio", acrescenta Victor Oliveira Mateus.
Contactado pelo Expresso, António Carlos Cortez, recorda que em 2003, teve "oportunidade de organizar e prefaciar o livro "Os animais do sol e da sombra. Quando terminei tive a percepção clara de que Ramos Rosa era um poeta da metalinguagem". "Mas isso não lhe retirou nenhuma leveza nem nenhuma naturalidade", acrescenta.
Na perspetiva de António Carlos Cortez "morreu, talvez, o último representante de uma geração de ouro da poesia portuguesa. Homens nascidos nos anos 10 e 20 do século XX, como é o caso de David Mourão-Ferreira, Carlos Oliveira e Mário Cesariny" [entre outros].
António Ramos Rosa nasceu em Faro em 17 de Outubro de 1924. Foi Prémio Pessoa em 1988. No dia em que comemorou 74 anos, em 2003, a Universidade da sua terra natal, atribuiu-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
O poeta era casado com Agripina Costa Marques, autora de vários de livros, e pai de Maria Filipe Ramos Rosa. Ramos Rosa convidou a escritora e grande amiga Maria Alberta Menéres para madrinha da sua única filha.

09/08/13

Urbano Tavares Rodrigues ( 6/12/1923 - 8/8/2013 )

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   Vários têm sido os escritores que me têm marcado, uns pelas características da sua obra, outros pela sua forma de olhar o mundo, outros ainda pela grande lição de vida que todos os dias nos mostravam.
   A primeira vez que me encontrei com Urbano Tavares Rodrigues (aliás, eu dirigia-me sempre a ele por "Professor": a minha geração é ainda daquelas que sempre respeitou as gerações anteriores!) foi numa noite em que a Isabel Aguiar e o marido decidiram comprar bilhetes para irmos todos ver o "Saraband" de Bergman. Foi uma noite muito agradável: durante o intervalo, o ilustre professor deu-me logo uma lição acerca da relação entre Bergman e as cisões amorosas no romance francês do século XVIII. De regresso a casa, sentado no banco de trás do meu carro, o grande senhor explicáva-nos, com minúcia, o seu estado de saúde.
  Outros encontros se seguiram: conservo ainda as dedicatórias generosas que ele me escreveu no seu livro de poesia publicado pela Asa, no seu "Eterno Efémero", etc. Mas conservo sobretudo na memória a última vez em que conversámos: eu estava a organizar "O Prisma das Muitas Cores", quando lhe liguei, ao fim de algum tempo, ouço: " Já pensava que o Victor se tivesse esquecido de mim!" Esta foi uma das maiores lições de grandeza que este senhor me deu!  Esta simples frase! Fui então a sua casa buscar a sua colaboração para a Antologia, ele, com uma alegria sóbria, fez questão de me ler primeiramente o seu "Barranco de violetas"... Eu, naquele momento, senti-me minúsculo! Acabámos depois falando de amigos comuns que ambos admirávamos, sobretudo da Ana Sampaio e da Graça Pires. Depois, com a maior das simplicidades, disse-me que estava cansado e se eu não levava a mal que ele não me acompanhasse, pelo seu extenso corredor, até à porta. Era assim Urbano Tavares Rodrigues: ilustre académico, grande escritor, espírito atento e de uma extrema lucidez, mas também um homem a quem a fama nunca afectou e que foi para a minha geração uma lição de vida e de coerência. Num tempo de artifícios, de celebridades plastificadas, de vulgarização da mediocridade, acabou de partir um grande senhor, um autêntico aristocrata, no sentido socrático do termo.
  Até sempre, Professor!!!
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24/10/12

Tertúlia...

           António José Borges, Victor Oliveira Mateus, Maria Teresa Horta e Miguel Real.


O Blogue da "Alagamares" acabou de publicar uma reportagem fotográfica com a sessão do passado dia 20, em Sintra, dedicada à obra de Maria Teresa Horta. Nessa notícia são referidos os temas abordados pelos quatro autores. Agradecemos o destaque dado ao referido acontecimento.
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19/10/12

Tertúlia em torno da obra de Maria Teresa Horta.


Dia 20, pelas 20h00, no "Legendary Café" em Sintra.

Intervenções de Maria Teresa Horta, Miguel Real, Victor Oliveira Mateus e António José Borges.

Entrada Livre.
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25/07/12

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" Caminhais em direcção à solidão. Eu, não, eu tenho os livros. "

                                                             Marguerite Duras

11/06/12

Maria Keil ( 9/8/1914 - 10/6/2012)

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Eu e a Irene descíamos o estreito carreiro que ligava a porta do palacete ao portão que dava para a rua. Uma vez aí apercebemo-nos que nos tínhamos esquecido de, no interior, abrirmos esse mesmo portão. Eu volto lá dentro! Disse à Irene. Mas é então que aparece uma mulher franzina, ágil, sorridente: Vocês não conseguem sair? Não! É fácil, diz ela, e, num pequeno salto, toca com o pé no trinco do portão que imediatamente se abre. O rosto dela ilumina-se num sorriso agaitado. Diz-nos que tem de ir à farmácia e ultrapassa-nos. Eu e a Irene estávamos boquiabertos por termos sido superados pela agilidade de alguém muito mais velho do que nós. Ainda não se tinha afastado demasiado quando se volta para trás: ah, não contem a ninguém o truque! Foi deste modo que conheci a grande Maria Keil. Mais tarde descobriria a sua faceta mais importante, a sua grande entrega à arte...
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20/04/12

24/07/11

Maria Lúcia Lepecki (1940 - 2011)


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Morreu hoje, vítima de cancro, a escritora e ensaísta Maria Lúcia Lepecki. Assisti a muitas das suas confe-
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rências, li muitos dos seus trabalhos... Via-a com frequência descendo a rua, acompanhada do marido,
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para a sua caminhada habitual; via-a igualmente num dos cafés onde ambos parávamos. Conversámos duas
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ou três vezes, onde ela me revelou um humor que lhe desconhecia.Certa noite, entravamos nós no café,
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saía ela com o marido...voltámos a falar do Prefácio do "Prisma", ela, então, virou-se para a legítima:
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"(...) não imagina como ele estava, tive de lhe dizer para se sentar... pensei que lhe fosse dar uma coisa.",
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e olhava para mim sorrindo. Rimos os quatro... Morreu hoje Maria Lúcia Lepecki e eu estou triste, muito
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triste mesmo.
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24/06/11

19/06/11

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" MARIA TERESA HORTA, UMA VOZ INSUBMISSA". A homenagem à escritora ocorreu no "Museu-biblioteca República e Resistência" (em Lisboa), a 6 de Junho de 2011.
Fotos retiradas do "Face" e delas foram removidas todas as identificações.
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05/05/11

ENCONTRO COM AS PALAVRAS: CONVERSAS LITERÁRIAS.


(Clicar sobre a imagem)
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DIA 20 DE MAIO, 18h00, NA LIVRARIA "PÓ DOS LIVROS", Avª MARQUÊS DE TOMAR, 89A
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1050 - 154 LISBOA.
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COM A PARTICIPAÇÃO DE:
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VERA LÚCIA DE OLIVEIRA (Poeta e Professora na Facoltá di Lettere e Filosofia dgli Studi de
Perugia, Itália.)
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VICTOR OLIVEIRA MATEUS
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FILIPA BARATA ( Doutoranda na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa)
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APOIO:
CLEPUL
(Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias
da Faculdade de Letras de Lisboa.)
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01/12/10

Notícia bastante atrasada.



Lara de Lemos












(Num mail de ontem a poeta Astrid Cabral confirmou-me a morte de Lara de Lemos. Faleceu a 12 de Outubro deste ano. Uma sugestão: ler a sua poesia... documentar-se acerca das suas posições frente à então Ditadura Brasileira).
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01/11/10

Ildásio Tavares (25/1/1940 - 31/10/21010)

Da esquerda para a direita: Maria do Sameiro Barroso, Victor Oliveira Mateus, Luís Graça, António José Queirós e Ildásio Tavares, na Livraria "Pó dos Livros", em 2009, durante o lançamento do livro As Flores do Caos.

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Faleceu no passado dia 31 de Outubro, vítima de doença súbita, o Poeta brasileiro Ildásio Tavares. Pertencente à geração da Revista da Bahia, Ildásio Tavares era formado em Direito e em Letras, fez depois o mestrado na Southern Illinois University, o doutorado na Universidade Federal do Rio e o pós-doutorado na Universidade de Lisboa. Tendo leccionado Literatura Portuguesa na Universidade da Bahia, a sua obra estendeu-se por vários géneros: poesia, romance, teatro, ensaio, jornalismo. O seu primeiro livro de poesia, Somente um Canto, data de 1968 e em 2009 esteve em Lisboa para assistir ao lançamento do seu livro As Flores do Caos, publicado pela Editora Labirinto.
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09/06/10

António Manuel Couto Viana (24/1/1923 - 8/6/2010)

. Na última visita, eu não quis subir para não o fatigar. Desceu ele, acompanhado pela Alice Fergo que o ajudava. Fiquei embaraçado com a delicadeza, coisa a que nos vamos desabituando já. Ficámos os três à conversa. Ainda me ri com uma estória que ele contou sobre o Junqueiro. Recitou de cor alguns poemas... e não apenas seus. Disse-lhe, quase a medo, que chegáramos a participar numa mesma Antologia. Ele lembrava-se. Ao fim da tarde eu e a Alice saímos prometendo voltar, coisa que andávamos a pensar fazer. O que já não vai ser possível. Mas ainda me recordo das palavras dela quando entrávamos no carro: -" eu não te digo que ele é extremamente culto... e um gentleman?".
Hoje, no lançamento do livro do Paulo Tavares, fiquei grato ao António Carlos Cortez, por ter dedicado a sua apresentação, não só ao Paulo, mas também ao Couto Viana. Outro gesto bonito - também!
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