.
.
"Distante Sul"
Tão longe os dias claros de cegonhas e loendros, o horizonte
inteiro e raso onde nada - dir-se-ia - está inscrito . E entre
fomes, sementeiras e colheitas, o sol desfraldando as estações.
Aqui o vento fere , traz outonos magoados . Aqui digo o teu
nome, fio de água - remoçando a planície da memória.
João Pedro Mésseder In "Meridionais", Deriva Editores, Porto, 2007, p 64.
.
.
.
Mostrar mensagens com a etiqueta João Pedro Mésseder. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta João Pedro Mésseder. Mostrar todas as mensagens
08/11/09
"e olha por momentos o horizonte"
.
.
"No barco para Égina"
Sentada junto à proa
lê Alexandre o Grande
de Nikos Kazantzakis
Depois coloca o marcador
entre as folhas do livro
bebe um gole de água
e olha por momentos o horizonte
onde agora se não vê nenhuma ilha
e apenas um barco e outro barco
inscrevem no mar dois sulcos brancos
É então que ela abre o pequeno caderno
e hesitando entre o horizonte e a página
anota um, dois versos, nada mais -
pois não há olhos azuis que não invejem
o azul centrípeto da hora
João Pedro Mésseder In "Meridionais", Deriva Editores, Porto, 2007, p 18.
.
.
.
.
"No barco para Égina"
Sentada junto à proa
lê Alexandre o Grande
de Nikos Kazantzakis
Depois coloca o marcador
entre as folhas do livro
bebe um gole de água
e olha por momentos o horizonte
onde agora se não vê nenhuma ilha
e apenas um barco e outro barco
inscrevem no mar dois sulcos brancos
É então que ela abre o pequeno caderno
e hesitando entre o horizonte e a página
anota um, dois versos, nada mais -
pois não há olhos azuis que não invejem
o azul centrípeto da hora
João Pedro Mésseder In "Meridionais", Deriva Editores, Porto, 2007, p 18.
.
.
.
Subscrever:
Mensagens (Atom)