30/05/12

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  " Terra Húmida "

No húmus do verbo
escrevem-se fantasias.
Sexos entrelaçados
germinam infinito.
Ao ouvir o nada
a paixão nasce do silêncio
em ambiente de luz.
O arco-íris faz-se aurora
e a raíz da flor
bebe a lágrima fria
do espaço sideral.


  Evónio, Joaquim. Viola Delta, volume XXV. Lisboa: Edições Mic, 1998, p 30.
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